segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

RESPOSTA AO TEMPO

Um novo ciclo se encerra, ano que acaba, vida nova que reinicia...
Será que isso é verdade?
Calendário existe apenas pra enumerar o tempo, quantos anos temos, em que ano compramos tal imóvel, o dia do vencimento da conta de luz.
Contamos nosso tempo, na verdade, pelas nossas emoções, sejam elas positivas ou negativas.
Podemos até citar datas, mas o que conta mesmo é aquilo que vivemos. O recheio, não os dados. Não somos um gráfico de estatística, somos humanos. Vivemos de emoção.
É normal as pessoas, se referirem na “minha época”, como se o agora não existisse e, o presente, não tivesse nenhuma importância.
Normalmente nos referimos à “nossa época”, por causa da emoção vivida durante esses anos dos quais chamamos de nossa...
O tempo é sempre o hoje, o passado foi vivido, mas não é nossa época, é passado, apenas. Pode ter sido de grande importância, mas foi, aconteceu. Talvez, tenha ficado pra sempre feito cicatrizes, mas passou... Será?
Mudamos de roupa, de vida, de amores, de trabalho, país, não importa, não é o tempo que determina, são as emoções que vivemos nesse período, que vão marcar nosso calendário interior.
O amor durou só alguns meses, foi maravilhoso, mas acabou. O casamento foi sofrível, e sobreviveu à vida inteira. O que foi mais significativo? Que tempo marcou mais? Tempo?
O que chamamos de tempo, o ciclo da vida, nosso próprio envelhecimento, fazem parte dessa passagem. O tempo é diferente na natureza, pois essa, dependendo do espaço geográfico, tem suas estações bem marcadas, num ciclo de renovação, que engloba o mundo animal e vegetal.
Cabe a nós, simples mortais, fazer desse espaço, entre nosso nascimento e a morte, algo digno de ser contado como tempo de emoções.
Conheci uma pessoa que todas as vezes que ela queria contar uma história feliz, falava sobre uma viagem onde ela foi muito amada...
Não que ela não tivesse vivido outras coisas boas, mas, com certeza, essa experiência foi uma das melhores da vida dela.
Nossas emoções nos marcam como tatuagens na alma, e por elas vale a pena ter vivido.
Enfim, vamos passar. Um dia acabaremos, e ficará aquela lembrança, talvez, numa foto, de um certo olhar, de cabelos ao vento, de uma gargalhada feliz.
Nossas emoções vão conosco, as histórias também e, quem sabe, um dia vamos nos encontrar por aí...

9 comentários:

Cris disse...

Nádia Querida, só posso concordar com você, porque nunca achei que tempo se conta, se contabiliza por anos de calendários.
Podemos envelhecer em um minuto o que levaríamos anos para isso e logo após, algo acontece e nos rejuvenece de assalto. Refaz nossa alma, coração e até o próprio corpo se enche de novas e boas energias.
O que conta no fim, Loira Carioca, é realmente o que guardamos de bom no nosso coração. O que é bom, não faz "carga" na bagagem e caminhamos sempre livres e de braços abertos. O que é ruim, deixemos no caminho, porque não vale a pena estar conosco na "gaveta" chamada recordação.
Acho que está ai a fonte da juventude eterna. Nada a ver com corpo, mas sempre com um coração alegre, feliz e jovem. Mais que jovem; criança!
É isso que desejo a você!
Beijos doces !
Loira Paulista.............rs

Unknown disse...

Oi amiga!!! Lindo, amei..Como sempre com palavras tão sábias e muito bem colocadas. Amo entrar aqui e ler coisas novas. Amei o da familia hispanoportuguesa, é bem isso como você descreve, estava lendo e revivendo fatos idênticos. Como é bom lembrar da familia e dos natais juntos.
Amei este trecho."Enfim, vamos passar. Um dia acabaremos, e ficará aquela lembrança, talvez, numa foto, de um certo olhar, de cabelos ao vento, de uma gargalhada feliz.
Nossas emoções vão conosco, as histórias também e, quem sabe, um dia vamos nos encontrar por aí..."
Lindo, lindo e profundo.
Beijos amiga e continua assim nos alegrando com este teu jeitinho sincero e pensamentos sábios.

Unknown disse...

Nádia;
teu post me lembra um verso do John Lennon "Vida é o que acontece com a gente enquanto estamos ocupados fazendo outros planos". Talvez a melhor forma de conviver com o tempo seja esquecer dele. Como você disse, cabe a nós fazer do tempo algo digno de ser contado. Você já faz quando põe tua alma no papel, como fizeste hoje! Parabéns.
Abração, Arlei!

Joe_Brazuca disse...

costumo dizer que (de uma forma palmar...)o que vale é o frio na boca do estômago...Este é o marco-bússola...a pedra do toque...as águas divisórias entre o que se pensa viver e o que se vive...

A emoção é a rosa dos ventos, o resto é labirinto...


excelente, como sempre, querida !

beijo doce !

Joe

Cris disse...

Vc mudou a foto do texto, né?
Lindaaaaaaaaa. Tudo a ver esse relógio. Significativo.
Acho uma delícia procurar uma imagem que revele o texto. Assim como as palavras, a fotografia pode dizer tudo que sentimos.
Beijos doces!

Arione Torres disse...

Oi querida , estou passando no seu cantinho para te deixar o meu carinho. Vim aqui para retribuir a sua visitinha e te desejar um ótimo final de semana. Bjus...Fica com Deus.

A.S. disse...

É uma delicia ler vc!...


Beijos!
AL

Arione Torres disse...

Oi amiga, estou passando aqui para retribuir a sua visita ao meu blog. Obrigada pelo carinho. A sua amizade é muito
importante para mim. Tenha uma semana abençoada por Deus. Seja sempre feliz..Bjus...

Cris disse...

Loira Carioca, to esperando aqui o próximo texto. Sei que vou amar!
Bora escrever!...........rs
Beijos doces sempre!

Loira Paulista !