quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A FESTA ACABOU...!

De repente a festa acabou ele partiu, por decisão própria...
Ela sentiu um certo alívio, até uma pontinha de felicidade, pela liberdade recém conquistada. Iria voltar com os amigos, sair para dançar, chegar em casa mais tarde, sem dar satisfações.
Sempre tinha sido muito independente e aquele amor, de certa maneira, sufocava.
Sorriu para o espelho, ao lembrar que a vida de solteira iria recomeçar. Novas emoções, paqueras, convites, telefonemas, e-mails carinhosos, enfim a vida...
Mesmo sem querer fez um “inventário” desse “amor”, que morreu sem brigas, nem cobranças, nem lágrimas...
Pensou nesse sentimento, que meses antes os tinha unido. A alegria da espera do chegar do outro, das palavras doces, de como era bom ouvir, um “eu te amo”, no meio de uma briga feroz. Quando viviam o desejo, que bastava um simples “alô”, para que o outro sentisse tesão. No fundo uma ilusão... era???
Era uma mulher bem defendida, nunca foi de grandes apegos, mas claro que iria sentir falta, afinal já se tornara um hábito. Talvez, um pouco mais do que isso...
Não o queria como amigo, pois assim o desejo nunca morreria. Precisava tirá-lo da sua história, e sair da dele, também. Afinal não mais se gostavam.
Parou e pensou que, se há tempos atrás, alguém mostrasse através de um vídeo, do you tube o que eles viveriam, mesmo assim, com todas as perdas e danos, gostaria de ter vivido esse sentimento.
Lembrou dos erros cometidos, por ambos. Da falta de atitudes dele, das mentiras, omissões. Perguntou-se por que não conseguia abrir mão do seu “mundinho” egoísta.
Ambos eram vaidosos, sedutores, belos, cada um a seu jeito, ciumentos, possessivos, intensos. Nada morno. Uma ternura misturada com adrenalina. Se é possível tal química... rsrsrs
Sentimentos plenos e difíceis de administrar, quando colocados lado a lado.
Sabia que amores morrem, sem avisar, porém esse deu sinais. Sinais de cansaço, de falta de motivação, quando o outro sai de sintonia.
Não mais pensaria no abraço gostoso, no beijo molhado, no sexo feito com sofreguidão. Iria esquecer, pensando nos defeitos, ótima tática, que sempre funcionou com ela.
Ele, na certa, mais objetivo, já tinha novo objeto do desejo, e já começará a investir numa nova emoção. Sabia como eram os homens. A nova “emoção”, até já existia, é era tão morena, quanto ela...
Um dia, talvez se dessem conta, do tempo perdido, pela falta de coragem de viver esse gostar de forma definitiva. Que ficar em “cima do muro”, se sofre do mesmo jeito.
Com um olhar cínico imaginou: Não tinha que ser.
Deixou de lado o pensamento romântico que todas às vezes, que um sentimento belo, morre pela nossa incompetência, ficamos mais pobres e vazios. Queria acreditar que coisas melhores virão, e que a festa nunca vai acabar. Apenas mais um amor que não vingou. Ele vai se juntar aos álbuns de fotografias, de outros amores mortos, da história de ambos.
Um dia, quem sabe, se darão conta, que o tempo passou que eles nem mais se lembram um do outro, que a vida continuou sem os telefonemas dele, sem os e-mails de ambos, sem as fantasias vividas...
Um presente da vida, jogado no LIXO!!!

3 comentários:

Vinícius de Castro disse...

Qaundo alguém escreve, de certa forma, se imortaliza, pois deixa para sempre, em cada palavra, um pequenino fragmento de alma...

Vinícius de Castro disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Francisco disse...

Alguns amores, simplesmente não acontecem por absoluta falta de diálogo, compreensão, e egoísmo de uma das partes. Ou das duas...!
O bom é que ficam as lembranças, e mesmo quando teimamos em esquecê-las, em algum momento elas reaparecem e nos fazem refletir sobre o que fizemos, ou deixamos de fazer!
Beijo!